Páginas

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Seminário - O fim das metanarrativas: o pós-modernismo

O FIM DAS METANARRATIVAS: O PÓS-MODERNISMO

Falar de pós-modernismo, um movimento intelectual que afirma as mudanças atuais as quais estamos vivendo, em uma nova época, muito diferente dos movimentos passados, especialmente a anterior, a Modernidade requer entender em boa parte os dois movimentos, pois o segundo vem colocar crítica em relação ao primeiro, críticas essas, que merecem atenção para entendermos um pouco mais sobre as novas formas de vidas, como o homem pensa, age, articula o seu “novo” padrão de vida contemporânea.
A Pós-Modernidade tem seu inicia na metade do século XX, com ênfase em oposição às regras cânones do classicismo na literatura e nas artes. De alguma forma a não aceitação canônica e os questionamentos na vida atual, ou seja, o porquê dessa estrutura densa, “petrificada” e digamos não arranhável.
O centro do pensamento pós-moderno em oposição ao modernismo está sobre as ideias de razão, ciência, racionalidade e progresso. Ideias essas, indissolúveis e ligadas ao tipo de sociedade que se desenvolveu a partir do século XX. Para desestruturar as ideias houve um embate na epistemologia da Modernidade que tinha importantes implicações curriculares, determinantes no modelo/padrão de vida.
Essas implicações curriculares estão nas noções de educação, pedagogia e cultura. Já que a escola é um aparelho ideológico do estado. A educação, ainda hoje, é uma instituição moderna por excelência. Seu objetivo é moldar o cidadão racional, autônomo e democrático, para alcançar o ideal moderno, isso através de currículo altamente estrutural, linear, sequencial, estático, disciplinar, segmentado. E por base na metanarrativas que “explicam e moldam” a sociedade.
O pós-modernismo desconfia profundamente do pensamento moderno da estrutura e do funcionamento do universo do mundo social. Questiona as noções de razão e de racionalidade que são fundamentais para a perspectiva iluminista da Modernidade na busca de uma sociedade perfeita, mas esse sonho iluminista levou a sociedade ao pesadelo totalitário e burocrático organizados, instituindo assim, sistemas brutais e cruéis de opressão e exploração, produzindo apenas sofrimento e infelicidade.
O pós-modernismo coloca também em dúvida a noção de  “progresso”. O que torna o ser humano em certas características essenciais para a construção da vida em sociedade. Na visão da Modernidade o sujeito racional, autônomo, livre, centrado e soberano. O sujeito da Modernidade é unitário, segundo Descartes, sua existência coincide com seu pensamento. E, ainda, segundo Stuart Hall, o sujeito é mentalmente fragmentado, dividido. Enquanto que para o pós-modernismo o sujeito moderno é uma ficção.
A relação entre currículo e o pós-modernismo numa perspectiva crítica é desalojar a sua posição superior, única, estável e coloca-lo numa posição defensiva. É lançar, posicionamentos e questionamentos as formas dominantes de conhecimento pela pedagogia crítica. Na emancipação e libertação da pedagogia crítica o pós-modernismo tornaria o currículo, finalmente, crítico, emancipado e libertado. O pós-modernismo assinala o fim da pedagogia critica e o começa da pedagogia pós-critica.


REFERÊNCIA

SILVA, Tomaz Tadeu da. O fim das metanarrativas: o pós-modernismo. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3 ed. 4, reimp. Belo Horizonte, Autêntica Editora, p. 111-116. 2013.


           

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Grato pela visita.