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domingo, 23 de novembro de 2014

PIERRE LÉVY E A CIBERCULTARA.


QUESTIONÁRIO SOBRE AS IDEIAS DE PIERRE LÉVY EM RELAÇÃO AO LIVRO CIBERCULTARA.

1-Qual a explicação que Pierre dá sobre o ciberespaço comparando com a humanidade? O que é    ciberespaço?
Para Levy, o ciberespaço é o meio de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores,  neste tipo de comunicação não há a necessidade do homem físico para que a comunicação aconteça. Nele, a comunicação é a comunicação é coletiva, interativa, rápida e simultânea, permite a reciprocidade e se distingue de outras formas de comunicação por possuir tais características, além de reunir num único meio informacional, a informática a distância, o telefone, o correio, a imprensa, a edição de livros, de música, de vídeos, de jogos, a televisão, etc.

2-Qual o porquê da relação histórica tão profunda com o fenômeno tecnológico, atualmente?
É a tese do autor, ele analisa toda a revolução contemporânea em termos de comunicação como um processo evolutivo do homem, propiciado pela sua faculdade de linguagem e pela estrutura do cérebro humano, por sua plasticidade, por ser um orgão aberto. Dessa forma, o orgão fonador e as potencialidades do cérebro humano, possibilitaram ao homem o desenvolvimento da linguagem falada e posteriormente da línguagem escrita, que o levou a processos evolutivos impressionantes, ao armazenamento de informações, que evoluíram de acordo com as conquistas tecnológicas (da página de papel à página da Web, da escrita estática à escrita dinâmica, interconectada).
Levy, faz um apanhado da evolução histórico-antropológica do homem, caracterizando cada período com base nos processos de dispersão e concentração do homem. Ex: período paleolítico: o homem se dispersa, se distancia, o nômade vai de um lugar a outro em busca de alimento para a sua sobrevivência. No período neolítico o  homem se concentra, promove a união, acumula riqueza e informação. Nesse período há uma tendência a reunião, a comunicação interna entre os povos e isso se amplia cada vez mais com os avanços técnicos, os avanços nos meios de transporte e comunicação que recebem uma mútua influência nesse processo evolutivo. No mundo atual para Levy, há uma reconexão do homem, em que se ampliam a comunicação entre os povos. Por isso, ele estabeleçe essa relação tentando demonstrar que agora a humanidade forma novamente uma só sociedade.    
    
3-Pierre Lévy afirma que a sociedade sedentariza-se, concentra-se, multiplica-se, acumula            riquezas e registra signos, qual o sentido de “signos” nesta afirmação?
Isso é uma característica da humanidade, por isso, que ele utiliza a antropologia e a história para explicar o fenômeno atual, e o coloca como resultado de um processo histórico iniciado com os nômades (grupos que se deslocavam de um lugar à outro em busca de alimentação e que não tinham moradia fixa); e que continuou com a revolução neolítica que foi um movimento pré-histórico que marcou o fim dos povos nômades, com a criação de moradias fixas (construção de vilas e cidades) e que anunciou o processo de sedentarização (processo de fixação de grupos humanos nos espaços), este novo período é caracterizado pela criação da agricultura, da cidade, da escrita, do Estado. Por isso, que Levy fala que o ser humano sedentariza-se (fixa-se num local), concentra-se (criando as vilas e cidades e produzindo a organização social), multiplica-se (aumento da população local e criam-se novas organizações sociais desse tipo nos diversos espaços), acumula riquezas (pela produção, cultivo e criação de novas técnicas)  e registra signos (invenção da escrita, registra as conquistas, as descobertas, para informar aos seus pares). O sentido de signos aqui, se refere aos instrumentos psicológicos que nos auxiliam na nossa relação com o mundo (língua escrita) e que ampliam a nossa capacidade de memória, de comunicação, de armazenamento de informações.
Vivemos um tempo de relações, de relacionamento generalizado, propiciado pelo progresso das técnicas de comunicação (internet), vivemos o tempo das mensagens, das informações e da interatividade simultânea, propiciada pelo uso dos signos, que nessa nova realidade criam-se hipertextos, em que todos os textos se encontram num único espaço (a Web), por isso, ele afirma que há único texto – o texto humano.

4-Que relação Pierre Lévy faz entre centro, periferia e tecnologia?
Ele coloca as tecnologias de comunicação mais avançadas como o centro de poder no mundo atual. Faz isso se utilizando dos conceitos de centro e perfieria. Para ilustrar o que o autor quer explicar, tomemos como exemplo o conceito de centro e periferia referente às cidades de Dom Eliseu ou de Belém do Pará. O centro nessas cidades é o local em que tudo se concentra e acontece local que tem uma infraestrutura de comunicação e transporte adequadas, local em que podemos nos conectarà internet com facilidade e termos acesso a serviços (como hospitais, escolas mais próximas). A periferia de D. Eliseu ou de Belém do Pará possuem essas características? A mesma infraestrutura no que se refere a conexão, a contatos? Isso se estende também às relações entre Estados e entre Países. Por exemplo: no Brasil, os grandes centros estão localizados no eixo sul e sudeste, por serem mais desenvolvidos e o Norte do País é considerado periferia.
Quando ele usa a tecnologia para explicar o seu conceito de centro e periferia ele toma a TV e o Computador como exemplos. Tanto a TV quanto o computador são meios de comunicação, porém, a TV é mais passiva, ela não promove interação e nem o diálogo simultâneo, ou seja, ela mais limitada em seus recursos e alcance de comunicação, portanto é colocada como a periferia. Já o computador produz troca de informações simultânea, interatividade, além de promover o armazenamento e estocagem dessas informações, portanto é o centro, é mais poderoso quanto aos recursos de comunicação.
Para Levy, quem produz  domina as tecnologias de comunicação detém o poder, e isso é bem visível na atualidade. É por isso que o autor afirma que “ a densidade das comunicações e a redução do espaço prático tornam mais visíveis do que nunca as dominações e disparidades” (p. 41). O autor exemplifica esta afirmação demonstrando o poder dos Estados Unidos na guerra do Golfo.
Levy, ao relacionar centro, periferia e tecnologia, nos alerta para percebermos que “o processo de interconexão em curso reforça naturalmente a centralidade – logo o poder dos centros intelectuais, econômicos e políticos já estabelecidos” (p. 43). O centro é o poder, é quele que se caracteriza pela velocidade e diversidade de conexões e de trocas de informações. A periferia são os excluídos, aqueles que não têm acesso às tecnologias de comunicação e quando os tem são de maneira precária.

5-Qual o sentido de Tecnologias Intelectuais, segundo Pierre Lévy? E qual o sentido de                 pluralismo interconectado?
Atualmente há uma diversidade, uma pluralidade de informações e de grupos humanos em constante comunicação, em constante interação. É por isso, que Levy faz alusão ao termo pluralismo interconectada como ciberespaço, para explicar que num mesmo espaço de comunicação (internet), se fazem presente os produtos e profissionais das grandes indústrias de vídeo, TV, etc. Mas também, nesse espaço se fazem presente, os jornalistas alternativos, vídeos produzidos por amadores, por se realmente um espaço público de comunicação, em que todos podem publicar textos, mensagens, vídeos, música, caracterizando como um  de sujeitos, por nesse espaço se fazer presente pessoas de diferentes grupos  culturais que estão interagindo por meio da interconexão com o ciberespaço, além de possibilitar que as vozes de grupos minoritários sejam ouvidas.

6-Pierre Lévy afirma que só há virtualmente uma sociedade. Por quê?
Como a internet rompe barreiras de tempo e de espaço, possibilitando a comunicação entre diversos grupos sociais, culturais e étnicos de maneira simultânea, ela rompe com a visão de território demarcado, porque o seu espaço é um espaço desterritorializado e plural, aberto à todos. Nesse espaço interativo não há o território demarcado que limita o acesso dos povos, por isso, é um espaço não territorial, em que o seu acesso não é limitado pelas barreiras de fronteiras, formando virtualmente uma só sociedade.
 REFÊRENCIA

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed. 34, 1999.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Relatório de pesquisa sobre o polo UAB de Marabá - PA, relativo ao trabalho de pesquisa de campo.

Universidade Federal Fluminense
Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão de Cursos a Distância
Disciplina: Gestão de Cursos a Distância
Polo: Parauapebas – PA
Tutora: Andrea Garcia Trindade
Aluno: Fábio Correia de Rezende
Grupo: 25

GESTÃO DE POLOS DE APOIO PRESENCIAL: Pesquisa quantitativa do polo UAB em Marabá PA. Parauapebas, 2014



“A Universidade Aberta do Brasil é um sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior para camadas da população que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia da educação a distância “. (BRASIL, 2010).

A citação acima, nos mostra uma política pública educacional cuja finalidade é dar oportunidades a todos na educação superior, através da modalidade a distância. Com base na cartilha “Sobre a UAB: o que é”? CAPES (2010), introduzo o relatório que realizei através de questionário, no polo UAB em Marabá, pautado nos itens na mesma fonte de pesquisa.

No primeiro quesito abordou-se o apoio pedagógico e administrativo. O polo UAB possui todos os espaços e equipamentos (biblioteca, laboratório de informática, outros) necessários para que o esse tipo de apoio seja realizado de forma satisfatória, portanto o trabalho realizado é excelente. É nessa unidade – Pedagógica e Administrativa que se configura um importante nó operacional da rede de educação articulada pelo UAB. (MEC, 2007a).

Sobre o item da equipe que desenvolve as atividades administrativas e acadêmicas, todas são pessoas preparadas para desempenhar suas funções. Assim, o trabalho é realizado de forma a atender, principalmente o aluno. Segundo (BASTOS, et al, p. 7, 2013) “o funcionamento de um polo de apoio presencial exige muita coordenação de esforços.” E nesse polo, percebe-se uma dedicação para o bom desempenho e realização das atividades.

O terceiro ponto a ser avaliado foi sobre as condições para a permanência do aluno nos cursos. O polo UAB promove, juntamente com as universidades, palestras, mesas redondas, trabalhos acadêmicos. Aqui, atribui-se uma nota regular, pois existem mais pontos a serem abordados para cativar a permanência dos alunos nos cursos, pois a educação a distância requer planejamentos estratégicos, isso de acordo com Saraiva, (1996).

Outro foco abordado foi sobre a estrutura física. O polo não deixa a desejar em nenhum quesito. O espaço é ótimo e adequado. Acesso a cadeirantes, banheiros adaptados, rampas, placas, acervo e etc. (ESTRUTURA UAB/CAPES, 2010).

Um ponto importante realizado na pesquisa foi sobre os recursos tecnológicos para o bom andamento e funcionamento dos e nos cursos. Cumpre o seu papel na modalidade a distância. É bem equipada, boa internet. Possui todos os recursos necessários para os encontros presenciais e os encontros de apoio focados nos alunos.

Um ponto negativo é a utilização do Sistema Operacional Windows está instalado em algumas máquinas nas dependências administrativas. Segundo o manual da CAPES, “O Sistema Operacional denominada LINUX EDUCACIONAL, é pré-instalada em todos os equipamentos adquiridos pela SEED/MEC e encaminhados para os Polos UAB”. (BRASIL, 2010).

Sobre o processo de escolha para a coordenação do polo, ocorreu de acordo com as orientações do manual da CAPES – UAB (2010). Parceria entre estado, municípios e Faculdades. Portanto um ponto muito positivo, assim, o coordenador tem autonomia para a realização do trabalho.

Dentro desta pesquisa, verificou-se a importância de se ter um polo de apoio presencial bem estruturado para dar suporte adequado a estudantes, professores, tutores e técnicos. Assim, propicia-se que funcione cada vez melhor o sistema da Universidade Aberta do Brasil, que tem nos polos uma parte importante de seu funcionamento para atender a comunidade local e regional que não possuem acesso a uma universidade na modalidade presencial.

INSTRUMENTO DE PESQUISA
A pesquisa foi desenvolvida através de questionário com pergunta objetivas, todas elas pautadas no manual de “Orientações para Mantenedores e Gestores”. CAPES – UAB. A escolha se deu por esse instrumento por ser um requisito da própria CAPES que determina como deve ser o funcionamento de polo UAB, assim os governantes não se apropriem de forma irregular, mas que de fato atenda as necessidades da população local e regional, dando oportunidades para os alunos realizarem um curso superior na modalidade a distância.

QUESTIONÁRIO: POLO UAB – MARABÁ PA

01. O polo de apoio presencial - pedagógico e administrativo.
Biblioteca ( X ) SIM ( )NÃO
Laboratório de informática ( X )SIM Tutoria presencial( X ) SIM ( )NÃO
Aulas presenciais (X ) SIM ( )NÃO
Práticas de laboratórios( X ) SIM
02. A equipe que desenvolve as atividades administrativas e acadêmicas.
Coordenador do polo(X) SIM( )NÃO
Secretaria ( X ) SIM ( )NÃO
Profissional de biblioteca(X)SIM ( )NÃO
Técnico de informática (X ) SIM ( )NÃO
Tutores( X ) SIM ( )NÃO
Técnicos de laboratórios de informática ( X ) SIM ( )NÃO
Técnicos de apoio ( X ) SIM ( )NÃO
Pessoal de limpeza e conservação predial ( X ) SIM ( )NÃO
03. Como o polo promove condições para a permanência do aluno no curso criando vínculo mais próximo com a universidade?
Os tutores promovem constantemente incentivos para a realização de grupos de estudos e, também ocorrem projetos de palestras, mesa redonda, mostra acadêmica dentre outros organizado pela equipe do Polo.
04. Estrutura física do polo:
Banheiros masculinos e femininos ( X ) SIM ( )NÃO
Espaços físicos adequados ( X ) SIM( )NÃO
Acesso fácil ( X ) SIM ( )NÃO
Rede elétrica para suportar os equipamentos ( X ) SIM ( )NÃO
A sala do coordenador tem equipamentos com acesso a internet ( X ) SIM ( )NÃO
A sala para a secretaria tem equipamento com acesso a internet ( X ) SIM ( )NÃO
Salas com espaço físico adequado para as aulas presenciais com acesso a internet ( X ) SIM ( )NÃO
Salas com espaço físico adequado para as atividades de tutoria com acesso a internet
( X ) SIM ( )NÃO
Espaço físico para a biblioteca adequadamente com acesso a internet, cadeiras e mesas confortáveis ( X ) SIM ( )NÃO
Acervo bibliográfico referente aos cursos ofertados ( X ) SIM ( )NÃO
Laboratório de informática com no mínimo 25 computadores conectados a internet para atender aos alunos( X ) SIM ( )NÃO
Placa de identificação conforme manual da CAPES ( X ) SIM ( )NÃO
Auditório para palestras e outros eventos acadêmicos( X ) SIM ( )NÃO
Quadro branco nas salas de aulas e no laboratório( X ) SIM ( )NÃO
Cadeiras com estofados( X ) SIM ( )NÃO
05. Recursos tecnológicos
Como é o acesso a internet: ( ) rádio, ( X ) banda larga, ( ) satélite
Quantos pontos de acesso: 01
Velocidade da internet: 2 Mb
Quantos computadores no polo: 29
Qual sistema operacional está instalado nos computadores:
No laboratório de Informática os computares possuem o Linux, como sistema operacional, nos demais departamentos o Windows (coordenação, secretaria, biblioteca, tutoria, laboratório de biologia).
Quais softwares se utilizam no polo UAB?
Softwares de sistema (sistemas operacionais) e softwares de programação (editores de textos, bibliotecas virtuais, tradutores e etc)
06. Como foi o processo de seleção para a escolha do coordenador do polo?
O processo de seleção foi realizado pela Universidade Federal do Pará, através de apresentação de currículo e entrevista. Os currículos foram apresentados pela Prefeitura de Marabá (mantenedora do Polo UAB Marabá) que, por sua vez, encaminhou à CAPES e, esta, encaminhou a UFPA (responsável pelo Polo UAB Marabá).

REFERÊNCIAS

BASTOS, Adriana Teixeira. Et al. POLOS DE APOIO PRESENCIAL: REQUISITOS E DESAFIOS DA GESTÃO. ESUD 2013 – X Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Belém/PA, 11 – 13 de junho de 2013 – UNIREDE.
BRASIL. UAB/CAPES. Sobre a UAB: O que é.2010. Disponível em:
http://www.uab.capes.gov.br. Acesso em: 5 out. 2014.
ESTRUTURA UAB/CAPES. Modelo de polo de apoio presencial. Disponível em:
http://www.uab.capes.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17:modelo-de-polo-de-apoio-presencial-&catid=10:polos&Itemid=31. Acesso em: 5 out. 2014.
MEC. Secretaria de Educação a Distância. Portaria Normativa n º2, de 10 de janeiro de 2007. Brasília, 2007a. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/portaria2.pdf>. Acesso em: 05 out. de 2014.
SARAIVA, T. Educação a distância no Brasil: lições da história. Em Aberto,
Brasília, ano 16, n. 70, abr./jun, 1996.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Revista Tecnologias na Educação - Artigo publicado em Julho 2014-Ano 6 – Número 10

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO AMAZONENSE: Rondon do Pará, um
cenário da informática na educação especial
                                                                           Fábio Correia de Rezende

Esse artigo explora o uso do Laboratório de Informática na Educação Especial através de um estudo realizado no interior da Amazônia, especialmente em Rondon do Pará. A pesquisa, com estudo de campo realizado na escola Padre José Fontanela de Rondon do Pará, procura responder se as aulas de informática aos alunos com necessidades específicas estão ajudando no processo ensino-aprendizagem auxiliando no desenvolvimento cognitivo, afetivo e emocional, o papel da família na participação e acompanhamento desses alunos durante as atividades escolares e o papel do professor quais atitudes, posicionamento frente à problemática na educação especial e a importância da formação e inicial e continuada deste profissional e dessa escola na cidade de Rondon do Pará.

Palavras-chave: Educação Especial. Informática. Família


Para acessar o artigo, clique AQUI.


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Trabalho de Conclusão de Curso em Licenciatura em Computação pela Universidade Federal Rural da Amazônia.



Este trabalho tem como objetivo conhecer o funcionamento da Educação a Distância bem como a legislação vigente para contribuir no processo de Formação Continuada nos cursos ofertados aos professores da rede pública na cidade de Marabá – PA, através do Núcleo Tecnológico Educacional - NTE. Inicialmente adotou-se o método empírico para conhecer de forma ampla a importância do NTE para a rede pública de ensino.[...]

Para ter acesso ao texto, clique no link abaixo:

http://www.calameo.com/books/00404786226b606ab07ea

Seminário - O fim das metanarrativas: o pós-modernismo

O FIM DAS METANARRATIVAS: O PÓS-MODERNISMO

Falar de pós-modernismo, um movimento intelectual que afirma as mudanças atuais as quais estamos vivendo, em uma nova época, muito diferente dos movimentos passados, especialmente a anterior, a Modernidade requer entender em boa parte os dois movimentos, pois o segundo vem colocar crítica em relação ao primeiro, críticas essas, que merecem atenção para entendermos um pouco mais sobre as novas formas de vidas, como o homem pensa, age, articula o seu “novo” padrão de vida contemporânea.
A Pós-Modernidade tem seu inicia na metade do século XX, com ênfase em oposição às regras cânones do classicismo na literatura e nas artes. De alguma forma a não aceitação canônica e os questionamentos na vida atual, ou seja, o porquê dessa estrutura densa, “petrificada” e digamos não arranhável.
O centro do pensamento pós-moderno em oposição ao modernismo está sobre as ideias de razão, ciência, racionalidade e progresso. Ideias essas, indissolúveis e ligadas ao tipo de sociedade que se desenvolveu a partir do século XX. Para desestruturar as ideias houve um embate na epistemologia da Modernidade que tinha importantes implicações curriculares, determinantes no modelo/padrão de vida.
Essas implicações curriculares estão nas noções de educação, pedagogia e cultura. Já que a escola é um aparelho ideológico do estado. A educação, ainda hoje, é uma instituição moderna por excelência. Seu objetivo é moldar o cidadão racional, autônomo e democrático, para alcançar o ideal moderno, isso através de currículo altamente estrutural, linear, sequencial, estático, disciplinar, segmentado. E por base na metanarrativas que “explicam e moldam” a sociedade.
O pós-modernismo desconfia profundamente do pensamento moderno da estrutura e do funcionamento do universo do mundo social. Questiona as noções de razão e de racionalidade que são fundamentais para a perspectiva iluminista da Modernidade na busca de uma sociedade perfeita, mas esse sonho iluminista levou a sociedade ao pesadelo totalitário e burocrático organizados, instituindo assim, sistemas brutais e cruéis de opressão e exploração, produzindo apenas sofrimento e infelicidade.
O pós-modernismo coloca também em dúvida a noção de  “progresso”. O que torna o ser humano em certas características essenciais para a construção da vida em sociedade. Na visão da Modernidade o sujeito racional, autônomo, livre, centrado e soberano. O sujeito da Modernidade é unitário, segundo Descartes, sua existência coincide com seu pensamento. E, ainda, segundo Stuart Hall, o sujeito é mentalmente fragmentado, dividido. Enquanto que para o pós-modernismo o sujeito moderno é uma ficção.
A relação entre currículo e o pós-modernismo numa perspectiva crítica é desalojar a sua posição superior, única, estável e coloca-lo numa posição defensiva. É lançar, posicionamentos e questionamentos as formas dominantes de conhecimento pela pedagogia crítica. Na emancipação e libertação da pedagogia crítica o pós-modernismo tornaria o currículo, finalmente, crítico, emancipado e libertado. O pós-modernismo assinala o fim da pedagogia critica e o começa da pedagogia pós-critica.


REFERÊNCIA

SILVA, Tomaz Tadeu da. O fim das metanarrativas: o pós-modernismo. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3 ed. 4, reimp. Belo Horizonte, Autêntica Editora, p. 111-116. 2013.


           

Síntese - Identidades terminais: as transformações na política da pedagogia e na pedagogia da política

DAS TEORIAS TRADICIONAIS ÀS TEORIAS CRÍTICAS.

Começar este texto, me fez pensar em perguntas talvez “banais” ou clichês dentro do campo educacional, como por exemplo: O que é currículo? Qual a função dele? Contribui em quais aspectos? Fornece bases para o trabalho do professor em sala de aula? Modifica, para melhor a vida dos alunos? Segundo Silva (1996, p.23).
O currículo é um dos locais privilegiados onde se entrecruzam saber e poder, representação e domínio, discurso e regulação. É também no currículo que se condensam relações de poder que são cruciais para o processo de formação de subjetividades sociais. Em suma, currículo, poder e identidades sociais estão mutuamente
implicados. O currículo corporifica relações sociais.
            Muito interessante e importante pensarmos um pouco sobre a história epistemológica do Currículo, como campo de pesquisa, debates e contribuição para educação. Em 1918, um autor norte americano chamado Bobbitt escreveu um livro considerado o marco do currículo. Apesar das ideias conservadoras voltadas para o sistema educacional americano, houve uma transformação radical do sistema educacional a tal ponto de comparar a escola como uma empresa comercial ou industrial no sistema de Entrada x Processamento x Saída. Bobbitt tem pode base às ideias de Frederick Taylor, “a educação deveria funcionar de acordo com os princípios da administração científica” (SILVA, 2013, p.23).
            Em 1902, Dewey, outro educador norte americano, preocupado com a construção da democracia que com o funcionamento da economia, lança um livro chamado “The child and curriculum”, onde ele achava importante levar em consideração, no planejamento curricular, os interesses e as experiências das crianças e jovens. (SILVA, 2013, p. 23). Pela visão de Bobbitt e Dewey, ambas muito diferenciadas, mesmo assim, tentando ou valorizando o ensino e aprendizagem dentro do campo educacional.
            O currículo deve contribuir com diversas formas possíveis dentro da educação. A partir das perspectivas dos autores citados, no Brasil, década de 60, começa a falar sobre currículo foco no pensador Paulo Freire. Por coincidência, também nesse mesmo período surgem livros, pesquisas, debates que colocavam em questionamento filosófico o pensamento estrutural da educação tradicional.
            A partir de então, pode-se perceber três modelos de currículos estruturados a partir das pesquisas e debates: modelo tecnocrático, progressista e humanista. O tecnocrático e o progressista destaca a abstração como algo inútil para a vida moderna e as atividades trabalhistas, as quais eram privilegiadas pelo currículo clássico, cuja avaliação se dava por tempo, agilidade e eficácia na realização das atividades. E para chegar nesses objetivos a metodologia ou a didática era posta através dos modelos de currículos orientados por Bobbitt e Tyler.
            Mediante a explanação que venho discorrendo, coloco os últimos pontos a cerca do currículo, como algo que deve permear as atividades do professor, da escola, ou seja, do sistema educacional, capaz de organizar contribuindo para um trabalho de qualidade. O currículo deve ser planejado de acordo com a realidade local com uma visão global e eficiente para contribuir e atingir os objetivos no desenvolvimento social, cognitivo do público, os alunos.



REFERÊNCIAS

SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidades terminais: as transformações na política da
pedagogia e na pedagogia da política. Petrópolis: Vozes, 1996.

___________ Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3 ed. 4, reimp. Belo Horizonte, Autêntica Editora, 2013.

Síntese - Epistemologias do Sul

 SANTOS, Boaventura de Sousa. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

O texto “Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes”, de Boaventura remete-nos a teoria dos Sistemas Visíveis e Invisíveis. Ele traça uma linha imaginária radical – divisão do universo para entendermos este e o outro lado da linha. Este lado da linha é o certo, verdadeiro, real, epistemológico, o legal. O outro lado da linha é o errado, falto, irreal, o ilegal e o não epistemológico.
Uma das características principais entre os dois lados é que não existe dupla presença entre os lados. A modernidade é um paradigma fundado na tensão entre a regulação e emancipação social.
Nas sociedades metropolitanas, Boaventura aplica a dicotomia regulação/emancipação nas sociedades coloniais aplica-se a apropriação/violência.
Baseado nessas teorias de Boaventura, a dicotomia entre regulação/emancipação, apropriação/violência faz-se importante para a linha de pesquisa a qual pretendo desenvolver – Currículo, identidade e diferença cultural. Pensando nessa vertente, analisam-se as seguintes questões. Qual o poder de regular, impor, emancipar, fornecer modelos estabelecidos no currículo a ser ensinado e imposto à sociedade estudantil – acadêmica? Esse currículo, como deve ser construído? Acredita-se que esse currículo deve ser construído a partir das identidades e diferenças culturais.
Pensar a partir das identidades e diferenças culturais na construção do currículo é importante para discutirmos o processo de apropriação/violência. Entendermos até que ponto, o currículo imposto e estabelecido pelo modelo eurocêntrico veio apropriando-se de forma violenta e impondo modelos.
Portanto, o texto lido, discutido é fundamental para estabelecer a relação Currículo, identidade e diferença cultural, pois o autor permeia durante todo o discurso mostrando a importância das identidades, das culturas e relaciono-as com a construção do currículo para que de fato não exista apropriação de forma violenta, mas exista o discurso do Outro que está do outro lado da linha que tenha voz e vez, segundo Hugo Achugar em “Reflexões de um planeta sem boca” a voz e a vez dos marginalizados necessita ser ouvida.

Síntese - Planetas sem boca: escritos efêmeros sobre arte, cultura e literatura

 ACHUGAR, Hugo. Planetas sem boca: escritos efêmeros sobre arte, cultura e literatura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2006. p.9-26.

No primeiro capítulo do livro de Achugar (2006), cujo título é “Espaços incertos, efêmeros – Reflexões de um planeta sem boca”, o autor começa com uma epígrafe de Eneida Maria de Souza falando sobre a condição fronteiriça do intelectual, o que confirma a indeterminação dos saberes, considerando a implicação da permuta e viagens por espaços incertos e, muitas vezes, efêmeros.
Achugar no discurso do texto faz uma afirmação interessante que leva-nos, estudantes de graduação e pós-graduação a pensar sobre o ensino, dizendo que é impossível haver leitura, ensino verdadeiro, ou seja, a permutação dos espaços e tempos percebe-se a mudança no ensino. Outrora o que era antes, hoje, porém, não é ou foi modificado.
Um ponto relevante no texto está na não aceitação do padrão de arte, cultura e literatura. Os modelos eurocêntricos devem ser questionados, aceitos e respeitados. A valorização do local. É nesse ponto que Hugo Achugar deseja que façamos debates e aprimorarmos o nosso caráter consciente nessas discussões num padrão intelectual.
A afirmação do local e o confronto com o padrão que se coloca como verdadeiro está no fato dos territórios serem incertos, territórios estes culturais, intelectual e artístico.
Achugar nos mostra e faz uma crítica sobre as teorias elencadas nos últimos tempos, muitas delas realizadas somente em função do marketing publicitário, ou seja, as mídias impõe e os críticos, pesquisadores e estudiosos desejam entender o movimento devido a tal aceitação social imposta pelas mídias. Como por exemplo, consumismo, tradição, família, propriedade, conservadorismo.
No texto, o autor refere-se a dois movimentos que são considerados importantes para entendermos o processo de movimentação social na América Latina e o modo como a sociedade reage e se comporta quando o poder comunicativo da massa deseja impor a um povo que aja de tal forma visando objetivos amplamente ideológicos.
O primeiro movimento refere-se à saúde pública e ao acontecimento político e midiático. Na saúde cita o caso da poliomielite, onde no Uruguai milhares de pessoas morreram por causa da doença deixando a população reclusa em suas casas e vendo sempre no “Outro” a possibilidade de culpa e de transmissão da doença e consequentemente a morte. Na política temos as indústrias. Uma sociedade estagnada no crescimento industrial e, no entanto a burguesia mostrando um país em pleno desenvolvimento.
Um ponto chave do autor é o uso da metáfora. Ele usa a poliomielite como figura de linguagem para mostrar a exclusão dos povos latino-americanos na visão do “outro”.
O segundo movimento, mostrado por Achugar, é o quadro (imagem) de Juan Boris Gurewitsch. Mostrando uma sociedade industrial (Uruguai), em pleno crescimento, moderna, produtiva e altamente rica. Aqui, novamente ele usa a metáfora para mostrar, na realidade, um povo opressivo, contaminado, ou seja, pobre. A temática do quadro tem um valor de produção para a realidade de primeiro mundo, no entanto, a realidade local não é nada igual ao quadro, é um país sem indústrias, sem desenvolvimento.
O que realmente Achugar deseja mostrar através das duas metáforas é a produção de valor a partir da periferia, um lugar de enunciação, concreto, verdadeiro, teórico, desejado.
E ao final do texto, percebe-se a necessidade, nos “planetas sem boca” a construção da intelectualidade a partir dos pensadores da periferia/imagem na América Latina.