História
e Literatura: uma linha tênue
Fábio Correia de Rezende*
*Professor na educação básica. Formação em Letras e Licenciatura em Computação. Mestre em Ciência da Computação.
Pensar, analisar e interpretara a história como um
conhecimento que é sempre representado como algo do passado, cuja fonte
documental pode produzir esse conhecimento a qual se procura estabelecer uma
relação estreita com a literatura através de diversos tipos de textos para
pensar sua escrita, linguagem e leitura. Para Chatier (2009), a história
cultural foca dentro de um texto social, os “mecanismos de produção dos objetos
culturais”, entendido num sentido amplo, não apenas como obra literária, mas
como mecanismos de produção e objeto cultural, recheado de intencionalidade.
Hoje, é evidente que a relação da história com a
literatura se estreitam. Essas ligações, principalmente na narrativa história e
sua analogia com os gêneros literários revitaliza-se e sua aproximação com as
técnicas literárias revolucionam as formas acadêmicas convencionais. (HOBSBAWM,
1998).
Pode-se perceber esse estreitamento e contexto
social nos contos do literato André Costa Nunes, em a Batalha do Riozinho do
Anfrísio (SOUZA, 2008). Como um bom historiado através de seu olhar, deve
levantar hipóteses, questionar e entender e compreender os contextos: social,
econômico, cultural a qual o objeto estudado encontra-se. É vital, no conto
citado, a afirmação da identidade, firmação de fronteiras e territórios,
(re)construção, desconstrução. A mistura de crenças, valores, culturas, gestos,
modos. Na literatura, o escritor, através da fontes documentais, transportará
todo o conteúdo suscitado numa linguagem poética, prosa, narrativa sendo a
escolha da tipologia e do gênero textual
crucial para que esse futuro texto, seja de fato um texto literário, a
qual partiu de uma pesquisa de um historiador.
Assim, vimos que estreitos são os laços entre história e literatura, visto que toda
forma de conhecimento contém elementos de imaginação, ficção e realidade.
Assim, vê-se que a literatura pode ser considerada como uma leitora
privilegiada dos acontecimentos históricos, e a História, enquanto ciência, por
sua vez, poderá valer da literatura para dar respostas a fatos históricos, que
nem mesmo ela própria conseguiu dar. (PIMENTEL, p.09,2009).
Referência
CHARTIER, Roger. A história ou a leitura do tempo.
Belo Horizonte: Autêntica,
2009.
HOBSBAWM, Eric. Sobre história. Sao
Paulo: Cia. das Letras, 1998.
PIMENTEL, Telmo de Maia. A ESTREITA
RELAÇÃO QUE HÁ ENTRE HISTÓRIA E LITERATURA – CONSIDERAÇÕES SOBRE O ROMANCE
HISTÓRICO “OS SERTÕES”. Revista Interdisciplinar. Disponível em: http://www.univar.edu.br/revista/downloads/relacao.pdf.
Acesso em 07 jan 2015.
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