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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

História e Literatura: uma linha tênue
 Fábio Correia de Rezende*
*Professor na educação básica. Formação em Letras e Licenciatura em Computação. Mestre em Ciência da Computação.
Pensar, analisar e interpretara a história como um conhecimento que é sempre representado como algo do passado, cuja fonte documental pode produzir esse conhecimento a qual se procura estabelecer uma relação estreita com a literatura através de diversos tipos de textos para pensar sua escrita, linguagem e leitura. Para Chatier (2009), a história cultural foca dentro de um texto social, os “mecanismos de produção dos objetos culturais”, entendido num sentido amplo, não apenas como obra literária, mas como mecanismos de produção e objeto cultural, recheado de intencionalidade.
Hoje, é evidente que a relação da história com a literatura se estreitam. Essas ligações, principalmente na narrativa história e sua analogia com os gêneros literários revitaliza-se e sua aproximação com as técnicas literárias revolucionam as formas acadêmicas convencionais. (HOBSBAWM, 1998).
Pode-se perceber esse estreitamento e contexto social nos contos do literato André Costa Nunes, em a Batalha do Riozinho do Anfrísio (SOUZA, 2008). Como um bom historiado através de seu olhar, deve levantar hipóteses, questionar e entender e compreender os contextos: social, econômico, cultural a qual o objeto estudado encontra-se. É vital, no conto citado, a afirmação da identidade, firmação de fronteiras e territórios, (re)construção, desconstrução. A mistura de crenças, valores, culturas, gestos, modos. Na literatura, o escritor, através da fontes documentais, transportará todo o conteúdo suscitado numa linguagem poética, prosa, narrativa sendo a escolha da tipologia e do gênero textual  crucial para que esse futuro texto, seja de fato um texto literário, a qual partiu de uma pesquisa de um historiador.
Assim, vimos que estreitos são os laços  entre história e literatura, visto que toda forma de conhecimento contém elementos de imaginação, ficção e realidade. Assim, vê-se que a literatura pode ser considerada como uma leitora privilegiada dos acontecimentos históricos, e a História, enquanto ciência, por sua vez, poderá valer da literatura para dar respostas a fatos históricos, que nem mesmo ela própria conseguiu dar. (PIMENTEL, p.09,2009).




Referência

CHARTIER, Roger. A história ou a leitura do tempo. Belo Horizonte: Autêntica,
2009.

HOBSBAWM, Eric. Sobre história. Sao Paulo: Cia. das Letras, 1998.


PIMENTEL, Telmo de Maia.  A ESTREITA RELAÇÃO QUE HÁ ENTRE HISTÓRIA E LITERATURA – CONSIDERAÇÕES SOBRE O ROMANCE HISTÓRICO “OS SERTÕES”. Revista Interdisciplinar. Disponível em: http://www.univar.edu.br/revista/downloads/relacao.pdf. Acesso em 07 jan 2015.

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