Páginas

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Síntese: ACHUGAR, Hugo. Planetas sem boca: escritos efêmeros sobre arte, cultura e literatura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2006. p.9-26.

Fábio Correia de Rezende - Professor na educação básica, formado em Letras e Licenciatura em Computação, Mestre em Ciência da Computação


No primeiro capítulo do livro de Achugar (2006), cujo título é “Espaços incertos, efêmeros – Reflexões de um planeta sem boca”, o autor começa com uma epígrafe de Eneida Maria de Souza falando sobre a condição fronteiriça do intelectual, o que confirma a indeterminação dos saberes, considerando a implicação da permuta e viagens por espaços incertos e, muitas vezes, efêmeros.
Achugar no discurso do texto faz uma afirmação interessante que leva-nos, estudantes de graduação e pós-graduação a pensar sobre o ensino, dizendo que é impossível haver leitura, ensino verdadeiro, ou seja, a permutação dos espaços e tempos percebe-se a mudança no ensino. Outrora o que era antes, hoje, porém, não é ou foi modificado.
Um ponto relevante no texto está na não aceitação do padrão de arte, cultura e literatura. Os modelos eurocêntricos devem ser questionados, aceitos e respeitados. A valorização do local. É nesse ponto que Hugo Achugar deseja que façamos debates e aprimorarmos o nosso caráter consciente nessas discussões num padrão intelectual.
A afirmação do local e o confronto com o padrão que se coloca como verdadeiro está no fato dos territórios serem incertos, territórios estes culturais, intelectual e artístico.
Achugar nos mostra e faz uma crítica sobre as teorias elencadas nos últimos tempos, muitas delas realizadas somente em função do marketing publicitário, ou seja, as mídias impõe e os críticos, pesquisadores e estudiosos desejam entender o movimento devido a tal aceitação social imposta pelas mídias. Como por exemplo, consumismo, tradição, família, propriedade, conservadorismo.
No texto, o autor refere-se a dois movimentos que são considerados importantes para entendermos o processo de movimentação social na América Latina e o modo como a sociedade reage e se comporta quando o poder comunicativo da massa deseja impor a um povo que aja de tal forma visando objetivos amplamente ideológicos.
O primeiro movimento refere-se à saúde pública e ao acontecimento político e midiático. Na saúde cita o caso da poliomielite, onde no Uruguai milhares de pessoas morreram por causa da doença deixando a população reclusa em suas casas e vendo sempre no “Outro” a possibilidade de culpa e de transmissão da doença e consequentemente a morte. Na política temos as indústrias. Uma sociedade estagnada no crescimento industrial e, no entanto a burguesia mostrando um país em pleno desenvolvimento.
Um ponto chave do autor é o uso da metáfora. Ele usa a poliomielite como figura de linguagem para mostrar a exclusão dos povos latino-americanos na visão do “outro”.
O segundo movimento, mostrado por Achugar, é o quadro (imagem) de Juan Boris Gurewitsch. Mostrando uma sociedade industrial (Uruguai), em pleno crescimento, moderna, produtiva e altamente rica. Aqui, novamente ele usa a metáfora para mostrar, na realidade, um povo opressivo, contaminado, ou seja, pobre. A temática do quadro tem um valor de produção para a realidade de primeiro mundo, no entanto, a realidade local não é nada igual ao quadro, é um país sem indústrias, sem desenvolvimento.
O que realmente Achugar deseja mostrar através das duas metáforas é a produção de valor a partir da periferia, um lugar de enunciação, concreto, verdadeiro, teórico, desejado.
E ao final do texto, percebe-se a necessidade, nos “planetas sem boca” a construção da intelectualidade a partir dos pensadores da periferia/imagem na América Latina.


Síntese: SANTOS, Boaventura de Sousa. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

Fábio Correia de Rezende - Professor na educação básica, formado em Letras e Licenciatura em Computação, Mestre em Ciência da Computação

O texto “Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes”, de Boaventura remete-nos a teoria dos Sistemas Visíveis e Invisíveis. Ele traça uma linha imaginária radical – divisão do universo para entendermos este e o outro lado da linha. Este lado da linha é o certo, verdadeiro, real, epistemológico, o legal. O outro lado da linha é o errado, falto, irreal, o ilegal e o não epistemológico.
Uma das características principais entre os dois lados é que não existe dupla presença entre os lados. A modernidade é um paradigma fundado na tensão entre a regulação e emancipação social.
Nas sociedades metropolitanas, Boaventura aplica a dicotomia regulação/emancipação nas sociedades coloniais aplica-se a apropriação/violência.
Baseado nessas teorias de Boaventura, a dicotomia entre regulação/emancipação, apropriação/violência faz-se importante para a linha de pesquisa a qual pretendo desenvolver – Currículo, identidade e diferença cultural. Pensando nessa vertente, analisam-se as seguintes questões. Qual o poder de regular, impor, emancipar, fornecer modelos estabelecidos no currículo a ser ensinado e imposto à sociedade estudantil – acadêmica? Esse currículo, como deve ser construído? Acredita-se que esse currículo deve ser construído a partir das identidades e diferenças culturais.
Pensar a partir das identidades e diferenças culturais na construção do currículo é importante para discutirmos o processo de apropriação/violência. Entendermos até que ponto, o currículo imposto e estabelecido pelo modelo eurocêntrico veio apropriando-se de forma violenta e impondo modelos.
Portanto, o texto lido, discutido é fundamental para estabelecer a relação Currículo, identidade e diferença cultural, pois o autor permeia durante todo o discurso mostrando a importância das identidades, das culturas e relaciono-as com a construção do currículo para que de fato não exista apropriação de forma violenta, mas exista o discurso do Outro que está do outro lado da linha que tenha voz e vez, segundo Hugo Achugar em “Reflexões de um planeta sem boca” a voz e a vez dos marginalizados necessita ser ouvida.

Uma comunidade indígena pode ser "impactada" pelas tecnologias?

Fábio Correia de Rezende - Professor na educação básica, formado em Letras e Licenciatura em Computação, Mestre em Ciência da Computação

As tecnologias, hoje, em qualquer parte do “mundo”, invadiram nossas casas, vidas, escolas, igrejas, universidade entre outros. Elas fazem parte de nossas vidas numa proporção diária, a qual já nos tornamos dependentes em muitas situações, como por exemplo, enviar e receber mensagens eletrônicas de modo sincrônico e diacrônico cujo objetivo é estabelecer uma comunicação rápida. Dessa maneira, os índios também foram atraídos por essas “encantarias” dos aparatos tecnológicos tanto dentro de suas comunidades quanto numa perspectiva urbana, rompendo fronteiras a qual o índio é visto pelos não-branco como sujeitos meramente inferiores e não participativos e utilitários desse nicho tecnológico.
            Assim, hoje, pode-se observar numa aldeia a utilização de telefone celular, TV’s, smartophone, Iphone, laptops, desktop, câmeras digitais, filmadoras, DVD’s, Home theater, entre outros. Desse modo, as comunidades indígenas passaram a fazer parte das estáticas dos grupos de famílias a qual utilizam a internet, diariamente, por exemplo. Nessa perspectiva, pode-se perceber a presença dos indígenas noutros espaços, contribuindo para a disseminação da Identidade Cultural, onde outrora era meramente um espaço reservado para os brancos elitizados.
            A utilização dos equipamentos / recursos tecnológicos de alguma forma pode contribuir, também para transformar os preconceitos da realidade social das comunidades indígenas e diminuir os espaços entre as diferenças do Outro, ou seja a relação do indígena com o não-índio. De acordo com Belloni (1998), deve-se tomar cuidados na orientação quanto ao uso educativo das tecnologias, pois o contato com elas infere uma visão local e global, assim os espaços, existentes mantendo as comunidades indígenas distantes dos centros urbanos pode se tornar um espaço pequeno, ou quem sabe até desaparecer.
            Existem inúmeras razões que levam os alunos, professores, comunidade em geral a utilizar os equipamentos tecnológicos. Valente (1998), cita alguns motivos, por exemplo: o modismo, o computador já faz parte da vida dos brasileiros, é um incentivo nas atividades didática pedagógica, porém ele faz um alerta que é preciso saber utilizar, pois ações não planejadas trarão pouco ou nenhum benefício da vida intelectual do estudante. E se tratando de uma comunidade indígena, a preocupação deve ser redobrada quanto ao uso didático e paradidáticos dos equipamentos. Nessa foco, Almeida (2002), reforça que o uso deve ser acompanhado sob uma reflexão crítica sobre como e porque utilizar tais recursos, seja no ensino urbano, rural ou dentro de uma comunidade indígena.
            Assim, como a Identidade Cultural de uma comunidade indígena pode ser impactada através dessa “parafernália” tecnológica? Ter um olhar histórico na comunicação e antropológico na vida dessa comunidade, conhecer a relação entre Comunicação, Cultura, Identidade, como os espaços dessas minorias étnicas estão sendo contempladas dentro da grande teia mundial – a internet, essas estratégias orquestradas pela Sociedade da Informação tem concebido visualização dentro do território digital indígena ou como citou Valente, o uso é apenas por modismo. São esses e outros pontos que esse trabalho pretende desenvolver.



De acordo com Silva (2008 p.14) “espera-se que todos os indivíduos sejam devidamente preparados para a compreensão e o manejo de todas as linguagens que servem para dinamizar ou fazer circular a cultura”.


Segundo Galli (2010 p. 148) a internet tem se tornado um dos meios de difusão de mensagens mais acessíveis e, desse modo, sua linguagem também se propagou e se tornou globalizada.




ALMEIDA, M. E. Formação de Professores em Ambiente Digital: uma experiência
interdisciplinar. Porto Alegre: UFRGS, 2002. Disponível em
<http://seer.ufrgs.br/InfEducTeoriaPratica/article/view/8174> Acesso em 10 fev. 2014.

BELLONI, M. L. . Tecnologia e Formação de Professores: Rumo a uma Pedagogia Pós
Moderna. Educação e Sociedade, Campinas, v. 65, n.65, p. 125-139, 1998.

GALLI, Fernanda Correa Silveira. Linguagem da Internet: um meio de comunicação global. Hipertextos e gêneros textuais: novas formas de construção de sentido. Luiz Antonio Marcushi, Antonio Carlos Xavier, (orgs.). 3 ed. São Paulo: Cortez, 2010.

VALENTE, J.A. Computadores e Conhecimento: repensando a educação. 2. ed. Campinas: NIED/UNICAMP Gráfica central UNICAMP, 1998.


SILVA, Ezequiel Theodoro da. (coord.) Leitura no mundo virtual: alguns problemas. A leitura nos oceanos da internet. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2008.
História e Literatura: uma linha tênue
 Fábio Correia de Rezende*
*Professor na educação básica. Formação em Letras e Licenciatura em Computação. Mestre em Ciência da Computação.
Pensar, analisar e interpretara a história como um conhecimento que é sempre representado como algo do passado, cuja fonte documental pode produzir esse conhecimento a qual se procura estabelecer uma relação estreita com a literatura através de diversos tipos de textos para pensar sua escrita, linguagem e leitura. Para Chatier (2009), a história cultural foca dentro de um texto social, os “mecanismos de produção dos objetos culturais”, entendido num sentido amplo, não apenas como obra literária, mas como mecanismos de produção e objeto cultural, recheado de intencionalidade.
Hoje, é evidente que a relação da história com a literatura se estreitam. Essas ligações, principalmente na narrativa história e sua analogia com os gêneros literários revitaliza-se e sua aproximação com as técnicas literárias revolucionam as formas acadêmicas convencionais. (HOBSBAWM, 1998).
Pode-se perceber esse estreitamento e contexto social nos contos do literato André Costa Nunes, em a Batalha do Riozinho do Anfrísio (SOUZA, 2008). Como um bom historiado através de seu olhar, deve levantar hipóteses, questionar e entender e compreender os contextos: social, econômico, cultural a qual o objeto estudado encontra-se. É vital, no conto citado, a afirmação da identidade, firmação de fronteiras e territórios, (re)construção, desconstrução. A mistura de crenças, valores, culturas, gestos, modos. Na literatura, o escritor, através da fontes documentais, transportará todo o conteúdo suscitado numa linguagem poética, prosa, narrativa sendo a escolha da tipologia e do gênero textual  crucial para que esse futuro texto, seja de fato um texto literário, a qual partiu de uma pesquisa de um historiador.
Assim, vimos que estreitos são os laços  entre história e literatura, visto que toda forma de conhecimento contém elementos de imaginação, ficção e realidade. Assim, vê-se que a literatura pode ser considerada como uma leitora privilegiada dos acontecimentos históricos, e a História, enquanto ciência, por sua vez, poderá valer da literatura para dar respostas a fatos históricos, que nem mesmo ela própria conseguiu dar. (PIMENTEL, p.09,2009).




Referência

CHARTIER, Roger. A história ou a leitura do tempo. Belo Horizonte: Autêntica,
2009.

HOBSBAWM, Eric. Sobre história. Sao Paulo: Cia. das Letras, 1998.


PIMENTEL, Telmo de Maia.  A ESTREITA RELAÇÃO QUE HÁ ENTRE HISTÓRIA E LITERATURA – CONSIDERAÇÕES SOBRE O ROMANCE HISTÓRICO “OS SERTÕES”. Revista Interdisciplinar. Disponível em: http://www.univar.edu.br/revista/downloads/relacao.pdf. Acesso em 07 jan 2015.
Projeto apresentado no curso de especialização em ABORDAGENS CULTURALISTAS: SABERES, IDENTIDADES E DIFERENÇA CULTURAL NA /DA AMAZÔNIA na disciplina de Ecolinguística.


TEMA: Linguagens, culturas e identidades na comunidade suruí/aikewára

TÍTULO: Reflexões sobre os impactos dos recursos tecnológicos na comunidade escolar dos índios suruí/aikewára

HIPÓTESE: Quais são os recursos tecnológicos utilizados pela comunidade escolar indígena suruí/aikewára e os impactos na vida dessa comunidade em relação a cultura e as tradições?

OBJETIVO GERAL: Refletir sobre os impactos do uso de recursos tecnológicos pelos alunos na comunidade indígena Suruí – Aikewára dentro e fora do ambiente escolar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Levantar dados estáticos sobre o quantitativo de alunos e quais os equipamentos tecnológicos estão presentes na comunidade indígena.

Analisar a convivência e a relação entre as tradições de suas origens e o uso dos equipamentos tecnológicos.

Investigar como se dá a relação dos equipamentos tecnológicos e quais redes sociais são utilizadas e de que forma.

Propor o uso das tecnologias na comunidade escolar como atividade educacional voltada para a aprendizado básico em informática.

Valorizar através das redes sociais as crenças, costumes, danças, ou seja, a Cultura com foco de divulgação e afirmação da Identidade da comunidade Suruí – Aikewára.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: O referencial teórico está pautado nos estudos culturais a antropológicos voltados para a comunidade indígena, com foco nas contribuições de autores que já realizaram pesquisas em outras aldeias indígenas sobre os impactos da Tecnologia da Informação e Comunicação dentro e fora da comunidade escolar.

METODOLOGIA: O projeto será desenvolvido através de pesquisas de campo, entrevistas audiovisuais e questionário cuja finalidade será a análise de dados através da abordagem quantitativa e qualitativa. 

REFERÊNCIAS:
BHABHA, Homi K. O local da cultura; Tradução de Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis, Gláucia Renate Gonçalves. – 2. ed.- Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

HALL. Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva, Guaciara Lopes Louro – 11. ed., 1. reimp. - Rio de Janeiro: DP&A, 2011.

MAHER, T. de J. M. Políticas linguísticas e Políticas de identidade: currículo e representações de professores indígenas na Amazônia Ocidental Brasileira. Curriculo sem fronteiras, volume 10 n.1, pp. 33-48, jan/jun 2010 ISSN 1645-1387.

VALENTE, J.A. Computadores e Conhecimento: repensando a educação. 2. ed. Campinas: NIED/UNICAMP Gráfica central UNICAMP, 1998.


SÍNTESE: DAS TEORIAS TRADICIONAIS ÀS TEORIAS CRÍTICAS.

FÁBIO CORREIA DE REZENDE*
ALDA SOUSA MATOS*
*Alunos do curso de especialização: ABORDAGENS CULTURALISTAS: SABERES, IDENTIDADES E DIFERENÇA CULTURAL NA /DA AMAZÔNIA na UNIFESSPA - PA

Começar este texto, me fez pensar em perguntas talvez “banais” ou clichês dentro do campo educacional, como por exemplo: O que é currículo? Qual a função dele? Contribui em quais aspectos? Fornece bases para o trabalho do professor em sala de aula? Modifica, para melhor a vida dos alunos? Segundo Silva (1996, p.23).
O currículo é um dos locais privilegiados onde se entrecruzam saber e poder, representação e domínio, discurso e regulação. É também no currículo que se condensam relações de poder que são cruciais para o processo de formação de subjetividades sociais. Em suma, currículo, poder e identidades sociais estão mutuamente implicados. O currículo corporifica relações sociais.
            Muito interessante e importante pensarmos um pouco sobre a história epistemológica do Currículo, como campo de pesquisa, debates e contribuição para educação. Em 1918, um autor norte americano chamado Bobbitt escreveu um livro considerado o marco do currículo. Apesar das ideias conservadoras voltadas para o sistema educacional americano, houve uma transformação radical do sistema educacional a tal ponto de comparar a escola como uma empresa comercial ou industrial no sistema de Entrada x Processamento x Saída. Bobbitt tem pode base às ideias de Frederick Taylor, “a educação deveria funcionar de acordo com os princípios da administração científica” (SILVA, 2013, p.23).
            Em 1902, Dewey, outro educador norte americano, preocupado com a construção da democracia que com o funcionamento da economia, lança um livro chamado “The child and curriculum”, onde ele achava importante levar em consideração, no planejamento curricular, os interesses e as experiências das crianças e jovens. (SILVA, 2013, p. 23). Pela visão de Bobbitt e Dewey, ambas muito diferenciadas, mesmo assim, tentando ou valorizando o ensino e aprendizagem dentro do campo educacional.
            O currículo deve contribuir com diversas formas possíveis dentro da educação. A partir das perspectivas dos autores citados, no Brasil, década de 60, começa a falar sobre currículo foco no pensador Paulo Freire. Por coincidência, também nesse mesmo período surgem livros, pesquisas, debates que colocavam em questionamento filosófico o pensamento estrutural da educação tradicional.
            A partir de então, pode-se perceber três modelos de currículos estruturados a partir das pesquisas e debates: modelo tecnocrático, progressista e humanista. O tecnocrático e o progressista destaca a abstração como algo inútil para a vida moderna e as atividades trabalhistas, as quais eram privilegiadas pelo currículo clássico, cuja avaliação se dava por tempo, agilidade e eficácia na realização das atividades. E para chegar nesses objetivos a metodologia ou a didática era posta através dos modelos de currículos orientados por Bobbitt e Tyler.
            Mediante a explanação que venho discorrendo, coloco os últimos pontos a cerca do currículo, como algo que deve permear as atividades do professor, da escola, ou seja, do sistema educacional, capaz de organizar contribuindo para um trabalho de qualidade. O currículo deve ser planejado de acordo com a realidade local com uma visão global e eficiente para contribuir e atingir os objetivos no desenvolvimento social, cognitivo do público, os alunos.



REFERÊNCIAS

SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidades terminais: as transformações na política da
pedagogia e na pedagogia da política. Petrópolis: Vozes, 1996.

___________ Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3 ed. 4, reimp. Belo Horizonte, Autêntica Editora, 2013.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Signo, Abdução, Indução, Dedução, Semântica, Sintaxe e Pragmática

Universidade Federal da Bahia – UFBA
Instituto de Matemática e Estatística
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação – PGCOMP
MATE85 – Tópicos em Sistema de Informação e WEB I



Aluno: Fábio Correia de Rezende


A sociedade atual viveu, vive e viverá mudanças que atingem aspectos culturais, sociais, econômicos, religiosos, dentre outros numa relação associada aos avanços tecnológicos. Com a tecnologia atual e a futura, pode-se imaginar aonde o ser humano chegará ou aonde deseja chegar no avanço do conhecimento. É possível associar avanço tecnológico com o avanço da Ciência. Ambos caminham lado a lado.
O ato da busca pelo conhecimento se deu através de várias fases na história da humanidade. Por exemplo, no Renascimento, no Iluminismo, no Positivismo. E na Revolução Industrial (numa era mais moderna) a humanidade começou a romper fronteiras mais rapidamente, pois as necessidades instigam os homens a buscarem soluções para as situações problemas. E hoje, com a Internet literalmente na palma da mão, o acesso ao conhecimento tornou-se mais prático, dinâmico e rápido. Porém, ainda com muitas restrições ao nível mundial quantitativo de usuários.
De acordo com Otaviano Pereira em sua obra O que é teoria, há três tipos de Ciências: Ciências Formais – Lógica e Matemática; Ciências Empírico-formais – Física, Biologia, Química, etc; Ciência Hermenêuticas ou Interpretativas – as ciências humanas. Esse conjunto de ciências está alicerçado em torno de teorias. Todas elas possuem métodos e técnicas capazes de explicar sinteticamente através de atos abstrativos todo o conjunto de doutrinas a qual pertence cada uma. Toda teoria é composta pelas abordagens Epistemologia, Metodologia e Ontologia.
Para contribuir na construção deste texto, abordaremos sobre a Ciência da Computação e sua relação com abdução. Traremos o filósofo Charles Sander Peirce com a sua teoria dos signos. Estabeleceremos um paralelo da Semântica, Sintaxe e Pragmatismo. E uma breve explicação sobre classificação dos signos, juízo perceptivo. Tudo relacionado à ciência da computação.
A ciência da computação, segundo a Wikipédia é uma ciência que estuda as técnicas, metodologias e instrumentos computacionais, (...) baseadas no uso do processamento digital. Também abrange as técnicas de modelagem de dados e os protocolos de comunicação, além de princípios que abrangem outras especializações da área.
Muitas contribuições vem surgindo com o avanço da Ciência da Computação em diversas áreas, por exemplo, na educação muitas tecnologias são utilizadas para melhorar e aperfeiçoar a qualidade das metodologias em salas de aulas, através do uso do computador. Na educação a distância os Ambientes Virtuais simulam salas de aulas para o aluno estudar conforme suas necessidades. A adaptabilidade nos horários é um fator primordial para os alunos que buscam essa modalidade de ensino.  Na saúde, já existem robôs auxiliando médicos em diversos procedimentos cirúrgicos. A ciência da computação contribui de alguma forma na vida das pessoas seja diretamente ou indiretamente a qual na maioria das situações já é algo comum – “imperceptível”.
Agora, como podemos utilizar os aparatos tecnológicos de forma crítica, construtiva e não nos submetendo a sermos simplesmente usuários tecnicistas e passivos do rol tecnológico? Ao longo da história da humanidade, surgiram muitos pesquisadores, estudiosos que sempre buscaram entender o funcionamento da sociedade em aspectos sociais, econômicos, culturais e outros. Assim, focaremos no filósofo Charles Sander Peirce que contribui significativamente com suas pesquisas, atualmente para os estudos em diversas áreas na filosofia, comunicação, psicologia, medicina, informática, etc. A teoria criada por esse autor focada na ciência dos Signos através da Semiótica que falaremos mais adiante sobre esse assunto.
Peirce (1839 – 1914), formou-se em Química pela universidade de Harvard. Foi matemático, físico, astrônomo. É considerado o primeiro psicólogo experimental nos Estados Unidos. Desde sua infância, interessou-se por Lógica que foi o foco dos seus trabalhos teóricos além da Matemática e Filosofia. Foi fundador do Pragmatismo. Peirce dedicou os últimos 30 anos de sua vida a estudos sobre a Semiótica, produziu cerca de 80 mil manuscritos, sendo 12 mil publicados. Sua obra é estudada por muitos pesquisadores, incluindo brasileiros como Lúcia Santaella e Lauro Frederico Barbosa da Silveira a qual contribuem para o avanço do conhecimento no campo da Ciência da Computação.
A Semiótica é uma teoria estuda e desenvolvida também por Peirce, pois há outros pesquisadores que a estudam, porém enfoques diferenciados. É considerada a Ciência dos Signos. O termo Semiótica, segundo Santaella (2012) vem do grego, cuja raiz é “semeion” que quer dizer signo. Também pode ser interpretada como a ciência geral de todas as linguagens. Há três ramos na semiótica: Gramática, Lógica e Retórica (Metodêutica). A gramática é a relação das interpretações. A lógica é entendida como as verdades das representações e a retórica é a eficácia da semiose, um signo da origem a outro signo. Além desses três ramos, há três grandes domínios na semiótica: Sintaxe, Semântica e Pragmática. A sintaxe estuda as palavras enquanto concordância, a semântica expressa o sentido, interpretação das palavras. E a pragmática aborda uma estrutura lógica, ou seja, fazemos emissão de juízo a qual afirmamos ou negamos algo, considerações de ordem prática. (SANTAELLA, 2012).
Segundo Anderson (1997), o signo é “qualquer coisa que pode representar algo para alguém sob determinados aspectos ou capacidades”. De acordo com Isaac Epstein (199, p. 18), para Peirce o signo é “algo que, sob certo aspecto ou de algum modo, representa alguma coisa pra alguém”. Existem vários autores que explicam o significado de signo, porém não é trivial essa tarefa. Conceituar o signo é tão complexo porque o signo é uma entidade central e importante na e para a semiótica quanto os átomos em física, as células em biologia ou os números em matemática. (Epstein, p 16.).
Explanaremos uma rápida classificação dos signos na teoria de Peirce. Os signos mantem uma relação de um com o outro. Assim, temos o signo da relação com ele mesmo, a relação do signo com o objeto e a relação do signo com o interpretante. Não exploraremos detalhes sobre a classificação porque o foco desse texto está em outros aspectos da teoria peirceana, citada anteriormente. Veja abaixo uma tabela de forma sintética expondo a classificação dos signos.
Signo - Representante
Signo – Objeto
Signo - Interpretante
Qualissigno
Ícone
Rema
Sinsigno
Índice
Dicente
Legisigno
Símbolo
Argumento
Tabela 1. Classificação da relação sígnica de Peirce. Fonte: Santaella, 2012. Adaptado.
De forma bem sintética, essa classificação dos signos está enquadrada nas categorias elaboradas por Peirce. São elas: Primeiridade, Secundidade e Terceiridade. Na primeira coluna da tabela acima, o Qualissigno pode ser uma mera qualidade do signo, enquanto o sinsigno é o real, concreto, existente. E o legisigno é uma lei geral. Na coluna do meio, o ícone pode ser interpretado como objeto que possui certo traços, por exemplo, quadros, esquema, metáforas. O índice é uma relação direta, causal, real com o objeto, por exemplo fumaça, placas, etc. E o símbolo designa o objeto. Na relação do signo com o interpretante, o rema é predicado, desperta sensações, não capacitam para tomar decisões. O dicente por afirmar verdadeiramente ou falsamente. E o argumento é uma lei geral. Então, a tricotomia peirceana do signo é a relação do objeto - interpretante – representate. (Santaella, 2012).

ABDUÇÃO  
            Charles Sanders Peirce estudou a fundo os signos. Hoje, podemos reconhecer através de seus estudos o Raciocínio Abdutivo. A abdução é compreendida como um pensamento inicial de um processo lógico a qual parte da elaboração provisória de hipóteses que sejam ao menos o mínimo capazes de verificação e experimentação (MATOS, STRAFORINI, 2008).
            Para Peirce, o raciocínio abdutivo é a fonte das descobertas através da geração de hipóteses, ou seja o pensamento lógico. “A abdução para Peirce é como adivinhar no seu sentido epistemológico, o poder instintivo para geração de hipóteses buscando a solução para determinadas situações, sejam elas técnicas ou cognitivas”. (DENTZ, 2010)
            A abdução na ciência da computação pode proporcionar aos criadores e desenvolvedores de softwares ligações correlacionadas as necessidades da sociedade para que os softwares e hardwares sejam fáceis de manuseá-los e úteis em momentos específicos ou generalizados. A abdução “contribuirá para a definição de estratégias, métodos e mecanismos que visem na aprendizagem tecnológica, diante dos mais variados padrões e inovações de softwares” (MATOS, STRAFORINI, 2008).
            Frequentemente é inserido na sociedade um celular mais moderno, um computador com configurações em softwares mais modernos. Frente a essas novidades, a sociedade não precisar iniciar do zero para aprender a utilizar os novos equipamentos tecnológicos. A partir dos conhecimentos prévios, e o método abdutivo, inferimos os conhecimentos anteriores – hipóteses, as quais são testadas e assim novos conhecimentos irão surgindo ao passo que cada hipótese abdutiva seja validada ou refutada. Conforme Santaella (2008), “A abdução é um quase-raciocínio, instintivo, uma adivinhação altamente falível, mas é o único tipo de operação mental responsável por todos os nossos insights e descobertas”.

SEMÂNTICA, SINTAXE E PRAGMATISMO
            Como dito anteriormente, a semântica, sintaxe e pragmatismo são os três grandes domínios da Semiótica. Isso a partir de um ponto de vista mais tradicional que foi atribuído pelo filósofo Charles Morris em 1983. (LOPES-PERNA, et al, 2015).
            Entende-se a pragmática como um sequência de fenômenos a qual atribui significados das sentenças oriunda do falante. A pragmática é estabelecida a partir de dois pontos que são o relacionamento entre as frases e o contexto. No primeiro ponto o foco está apoiada na frase precedente, ou seja, para a construção de uma representação nova, dependerá sucessivamente da anterior. Ou seja, através de um signo será gerado outro signo. No segundo ponto, o contexto, é importante para que uma nova representação ocorra. Assim, novas representações vão surgindo e o universo se expande unindo as representações já existentes. (VIEIRA e STRUBE, 2002).
            Dessa forma, entendemos que a pragmática não é simplesmente analisar frases, sentenças isoladas. Necessita do contexto, analisar o discurso. A língua e seus vários modos de utilização, influência nessa análise para se tomar decisões. É nesse contexto que entra a ciência da computação. Para os usuários, desenvolvedores utilizarem e construírem softwares há necessidade do conhecimento da língua e suas diversas formas de utilizações e variações estabelecendo padrões a serem considerados em suas generalizações. Assim, de acordo com Levinson (1987), a pragmática está associada às outras áreas como por exemplo, linguísticas, fonologia, sintaxe e semântica.
            A semântica pode ser compreendia como o estudo das significações, no campo semiótica é imprescindível sua teoria já que cada signo remete a um objeto. A semântica tem como objetivo encontrar formas para representar o sentido das frases ou sentenças. Pensemos isso no contexto da ciência da computação. Como os programadores podem construir, desenvolver softwares capazes de dar sentidos claros, compreensíveis na linguagem de máquinas?  A linguagem, interfaces e outros componentes precisam fornecer uma linguagem clara, para a interação entre usuários – sistemas – máquinas sejam de forma semântica, ou seja, compreensível. Hoje, temos vários exemplos na Web 2.0, porém ainda precisa-se avançar bastante na linguagem de programação adaptada a linguagem humana.
            A sintaxe, segundo Araribóia (1998), pode ser definida como o estudo detalhado para juntar várias partes de um todo em posições adequadas. Ou seja, cada parte, detalhe é importante para a compreensão do todo. Na área da linguística as frases são classificadas de acordo com as categorias gramaticais, por exemplo, verbo, artigo, substantivo...portanto é importante na ciência da computação o designer precisa compreender claramente como se processa a interpretação da linguagem no momento da criação de softwares. As regras sintáticas elas são aprendidas naturalmente e sistematicamente. Por exemplo, ninguém aprendeu a falar “quero copo eu um”, ou seja, a gramática que internalizamos naturalmente nos mostra a lógica sintática “eu quero um copo”, e numa sociedade letrada, avançamos no conhecimento, produzindo assim a gramatica normativa. Então, ambas as gramáticas são importantes para os desenvolvedores de softwares.
            Assim, A função da análise sintática é diminuir a quantidade de componentes que a semântica pode analisar, reduzindo a complexidade do sistema, considerando que o processamento sintático utiliza menos recurso computacional do que o processamento semântico (SPECIA, 2000).
           
SIGNO E JUÍZO PERCEPTIVO

            Para Peirce, o processo perceptivo é marcadamente interpretativo e sujeito a falhas. (MARQUES, 2004). O que caracteriza a percepção é o senso de externalidade de que o percepto vem acompanhado. Perceber é se defrontar com algo. Em toda percepção, há um elemento de compulsão e insistência, uma insistência inteiramente irracional que corresponde à teimosia com que o percepto resiste na sua singularidade, compelindo-nos a atentar para ele. (SANTAELLA, 2008).
            A percepção como vimos acima, é um ato sujeito a falhas, ou seja, perceber pode ser entendido como uma inferência abdutiva, é criar hipóteses a quais podem ser testadas e a partir desses testes, essas hipóteses podem ser verdadeiras ou falsas. A percepção é caracterizada pela externalidade. É visualizar, defrontar com algo. Segundo Almeida (2009) “um fenômeno pode ser qualquer objeto da percepção, uma imagem, um acontecimento, uma cognição, qualquer coisa que seja suscetível a ser reconhecida por meio da mente.  Esse fenômeno tem aspectos naturais e mentais.
            Segundo Baranauskas, “a percepção é como um processo anterior ao pensamento crítico e controlado”. Pode-se compreende-la como um processo contínuo. Já o juízo perceptivo não é controlável, suas interpretações ocorrem de acordo como estamos preparados ou não para perceber algo.    
            Baranauskas, no seu artigo “Uma abordagem Semiótica à análise de interfaces”, aponta os seguintes pontos sobre o juízo perceptivo na visão de Peirce.
O juízo perceptivo é o ponto de partida de todo o pensamento crítico e controlado.
• Os juízos perceptivos contêm elementos gerais.
• O juízo perceptivo é resultado de um processo não controlável e não totalmente consciente.
            Assim, a ligação entre signo, juízo perceptivo e abdução contribui para tomada de decisões, criação de hipóteses, inferências e cada passo que o usuário precisa realizar quando está diante de uma tela de computador, por exemplo. Outro fator importante nessa relação é a contribuição para evitar ambiguidades durante a utilização das tecnologias. O processo de inferência abdutiva, o juízo perceptivo contribui para a tomada de decisões do usuário relacionado a algum signo que não esteja claro no momento de execução de alguma tarefa.


CONCLUSÃO

No decorrer de todo o texto, abordamos os termos que são considerados relevantes dentro dos estudos Semióticos, especialmente com base no estudos de Charles Sanders Peirce. Trouxemos algumas contribuições explicativas sobre a Ciência da Computação, Abdução. Estabelecemos um paralelo entre a Semântica, Sintaxe e Pragmatismo. E uma breve explicação sobre classificação dos signos, juízo perceptivo. Tudo relacionado à ciência da computação.
Esperamos que o texto contribua aos estudantes que estão iniciando os estudos sobre a Semiótica peirceana para que obtenham uma visão ampla em poucas palavras, postas aqui, sobre o estudo do Signo e Semiótica.

REFERENCIAS

ALMEIDA, Carlos Candido de. PEIRCE E ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES TEORICAS DA SEMIOTICA  E DO DO PRAGMATISMO. Tese (Doutorado em Ciencia da Informação) – faculdade de filosofia e ciências, universidade estadual paulista, 2009.

Andersen, P. B. (1997). A Theory of Computer Semiotics. Updated ed. of 1990. New York: Cambridge University

BARANAUSKAS, M. Cecília C. Uma Abordagem Semiótica à Análise de Interfaces. Instituto de Computação – IC. Cidade Universitária Zeferino Vaz, Campinas (SP).

DENTZ, René Armand. PERCEPÇÃO E GENERALIDADE EM PEIRCE. COGNITIO – ESTUDOS: revista eletrônica de filosofia, são Paulo, volume 7, numero 1, janeiro-junho,2010, pp.019-025.

EPSTEIN, Isaac O Signo. Ed. Princípio. São Paulo, 1999.

MARQUES, Mônica Bernardo Schettini. Sobre a Percepção. Cognitio/Estudos: Revista Eletrônica de Filosofia, PCU, São Paulo.  Número 1 – 2004

LEVINSON. S. BROWN, P.  Politeness. Cambridge: Cambridge University Press, 1987.

LOPES-PERNA,Cristina Becker. MOLSING, Karina Veronica.STREY, Claudia. Apresentação – Linguística Pragmática e suas interfaces. Revista Digital do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS Porto Alegre, v. 8, n. 1, p. 1-7, janeiro-junho 2015

MARQUES, Mônica Bernardo Schettini. Sobre a Percepção. Cognitio/Estudos: Revista Eletrônica de Filosofia, PCU, São Paulo.  Número 1 – 2004.

MATOS, Ecivaldo de Souza. STRAFORINI, Rafael. A EMERGÊNCIA DO DIÁLOGO ENTRE RACIOCÍNIO SEMIÓTICO ABDUTIVO E CONHECIMENTOS PRÉVIOS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. XII CREAD MERCOSUR/SUL. CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Rio de Janeiro / RJ / Brasil - 5 a 8 de outubro de 2008.

PEREIRA, Otaviano. O que é teoria. 7ª ed. São Paulo. Coleção Primeiros Passos, 1990.
SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica. Ed. Brasiliense. Coleção primeiros passos. São Paulo, 2012.

SANTAELLA, Lúcia. Epistemologia Semiótica. Cognitio, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 93-110, jan./jun. 2008.

SPECIA, L. Modelagem de um Interpretador Lexical para a Linguagem DART.
Cascavel, 2000. Disponível em:
<http://www.nilc.icmc.usp.br/~specia/publications/MonoGrad2000-Specia.pdf > Acesso em: ago 2016.

VIEIRA, R; STRUBE, V. L.. Lingüística Computacional: princípios e aplicações. Rio
Grande do Sul, [entre 2002 e 2004]. Disponível em:
<http://www.inf.unisinos.br/~renata/laboratorio/publicacoes/jaia12-vf.pdf> Acesso em: ago 2016.
.

WIKIPÉDIA. Ciência da Computação. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_da_computa%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: ago 2016.